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Embeddedness – conceito e variações na sociologia econômica

Atualizado: 4 de fev. de 2020



        No campo da sociologia econômica, estudos em Embeddedness (imersão social através dos relacionamentos entre indivíduos e organizações) identificaram estrutura que a situava em quatro campos: cognitivos, cultural, estrutural e político. Esses quatro mecanismos são capazes de reduzir ou atenuar a possibilidade e prática de atividades economicamente racionais.













      

A corrente mais convencional de embeddedness, o mecanismo estrutural, se apresenta em duas formas:

a) Um conceito de estrutura social primário em termos de laços entre atores e relacionamentos diretos;

b) Ou embeddedness sendo tratado como uma restrição, a qual organiza as atividades econômicas, mas introduz fatores sociais dentro das obras de atividades de mercado.


       No que diz respeito às relações entre os atores sociais (sendo organizações ou indivíduos), essa abordagem cria uma série de constructos teóricos que desenvolve argumentos e mecanismos, os quais os laços mais voltados para relações persistem e afetam as estruturas internas e externas das empresas ou outros atores organizacionais.


       No entanto, para a perspectiva de embeddedness, os laços entre atores residem dentro e durante os limites das redes, posto que as atividades econômicas não ocorrem em um vácuo social, mas sim são centradas em padrões econômicos e/ou de relações sociais.


      Alguns estudos realizados no campo, mostraram que existem subsistemas dentro da estrutura dos laços, os quais são capazes de facilitar, restringir ou moldar as atividades econômicas. Status é um sinal de qualidade operacionalizado via padrões do mercado, onde a posição em uma hierarquia de status tanto recapitula a estratificação do mercado quanto está vinculado ao tipo e quantidade de negócios em bancos de investimento. A difusão de inovação ocorre diretamente por meio dos contatos em interlock (engrenagem), que apoiam o argumento de que a estrutura social também era determinante para o comportamento.


      A segunda forma de embeddedness, mecanismo cognitivo, está em como as representações simbólicas e como as estruturas de significados afetam os atores individuais e corporativo na sua forma de interpretação do mundo. Em suma, uma das linhas de raciocínio seria que as restrições cognitivas são o padrão racional das ações. Assim, o embeddedness cognitivo está preocupado com as maneiras que as “regularidades estruturais do processo mental possa limitar o exercício para as ponderações econômicas.” Normalmente, essa perspectiva está vinculada à análise sobre a tomada de decisão dos indivíduos ou sobre a lógica/racionalidade elaborada nas decisões.


      O embeddedness como mecanismo cultural se refere às formas compartilhadas de entendimentos e significados dados para as atividades, estruturas e processos das organizações. Normalmente, está associado à modelagem organizacional das estratégias, objetivos, ideologias que são padrões para os meios e fins usados pelos indivíduos, além das regras e leis usadas no sistema de controles.


       Por fim, o embeddedness como mecanismo político envolve a análise sobre como as trocas econômicas são realizadas pela diferença de poder e entre atores e as instituições sociais, como o sistema legal, código tributário, ou as classes políticas.



Fonte: Nogueira, Danillo P. Embeddedness estrutural e o status como deferência simbólica das empresas listadas na BM&F Bovespa: o efeito no comportamento de aquisições corporativas / Danillo P. Nogueira – 2015 – Dissertação (mestrado) – Pontifícia Universidade Católica do Paraná.


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