Encarando conversas difíceis
- João Luiz Nogueira
- 25 de mai. de 2017
- 2 min de leitura

Do mais simples ao mais complexo tema as conversas podem se transformar em diálogos difíceis e desagradáveis. Talvez seja por isso que muitas pessoas fazem de tudo para evitá-las. No entanto, a realidade se impõe e somos obrigados a encarar conversas difíceis com muito mais frequência do que gostaríamos, talvez.
Essas conversas acontecem nos ambientes do trabalho, da casa, na vizinhança, nos negócios. Exemplos: Pedir um aumento. Terminar um relacionamento. Fazer crítica. Dizer não a alguém que está passando por necessidades. Enfrentar comportamento desrespeitoso. Discordar da maioria do grupo. Pedir desculpas....
Há pouco tempo atrás, no auditório da Superintendência do Banco do Brasil em São Paulo, fui apresentado ao livro Conversas Difíceis (1999), cujos autores são professores da Harvard Law School e do Harvard Negotiation Project. Continua de grande valia em minha vida, por isso o recomendo e compartilho aqui alguns dos conhecimentos adquiridos.
Como vimos, as conversas difíceis fazem parte de nossa vida. Não importa quão habilidoso (a) você seja elas sempre o desafiarão. Os resultados decorrem da compreensão e da condução dessas conversas.
Apesar de parecer haver uma infinidade de variantes, todas as conversas difíceis têm uma estrutura comum. O esquema abaixo dá uma ideia de como identificar “o problema”:

Quando você compreender os desafios inerentes aos três diálogos e os erros que cometemos em cada um, provavelmente descobrirá que o motivo de enfrentar um determinado diálogo começa a se modificar.
Você pode descobrir que não tem mais que enviar mensagens, e sim que tem informações para compartilhar e algumas perguntas a fazer. Ao invés de persuadir, você quer compreender o que aconteceu do ponto de vista da outra pessoa, explicar o seu ponto de vista, compartilhar e compreender sentimentos e trabalhar junto com o outro (a) para descobrir um modo de lidar com o problema dali para diante.
Mudar nossa atitude significa convidar a outra pessoa ao diálogo. A divergência não é algo ruim nem leva necessariamente a um diálogo difícil.
Nesse processo de conhecimento, adote uma postura de aprendizado, atentando para os seguintes pontos:


Por óbvio, o livro é muito mais profundo e completo do que as informações aqui condensadas.. Recomento a leitura.
Acredito que vale a pena insistir num diálogo verdadeiro, considerando que ele é um processo interativo, onde as partes são ouvidas, compartilham seus pontos de vista, fazem perguntas e trazem o diálogo de volta quando ele estiver se desviando. Com conhecimento fica mais fácil encarar as conversas difíceis do nosso dia-a-dia.
Foto: Pixabay
Fonte: Stone, Douglas. Conversas difíceis / Douglas Stone, Bruce Patton, Sheila Heen; tradução de Miriam Crohmat. – Rio de Janeiro: Elsevier, 1999. – 5º edição.