Treinamento em tempo de crise
- João Luiz Nogueira
- 17 de abr. de 2017
- 2 min de leitura

As empresas vêm sentindo os efeitos da crise econômico-financeira pela qual passa o país, como queda no faturamento, encolhimentos dos lucros, aumento da taxa de desemprego. Mesmo assim, muitas empresas aumentaram as verbas disponíveis para investir num item considerado estratégico: o treinamento de funcionários.
Em momentos como esse aumenta a preocupação com o treinamento dos funcionários dos níveis operacionais, pois é nesse nível que o conhecimento aplicado traz ganhos mais imediatos. Estudos comprovam que o treinamento aumenta a produtividade, contribui para a melhoria do clima e favorece a retenção dos funcionários.
E como todo investimento, o treinamento também precisa ser mensurado. Muito embora, avaliar o impacto do treinamento na organização alguns meses após o término do mesmo é ineficaz, pois o processo de produção dos resultados começa no indivíduo treinado, propaga-se pelos grupos ou unidades dos quais ele faz parte e se concretiza em resultados organizacionais. O processo não é imediato.
De toda sorte, é importante a avaliação do treinamento. Alguns manuais sugerem o uso do ROI (Retorno sobre investimento) como metodologia ideal a ser utilizada para mensurar os resultados dos treinamentos. Donald Kirkpatrick, através do seu estudo Evaluation of training (1976), demonstra que a avaliação passa por quatro níveis: reações, aprendizagem, comportamento no cargo e resultado.
Independente dessas questões, treinamento em tempo de crise é necessário. Outra estratégia tem sido bastante utilizada pelas empresas: sem perder a qualidade e com foco na redução de despesas, elas têm se valido do treinamento de bons funcionários capazes de replicar os conteúdos como multiplicadores dos treinamentos presenciais. Além da questão financeira, esses bons profissionais servem de exemplo para os demais, exercendo influências benéficas junto às pessoas e às empresas.
Muitas têm sido as formas de treinamento utilizadas: salas de aula para treinamentos, utilização de vídeos curtos, jogos e encenações e rede sociais corporativas. Para vencer a resistência dos funcionários aos treinamentos, as empresas devem mostrar, de forma explícita, a utilidade dos conteúdos ministrados.
O uso de recursos digitais tem sido cada vez mais frequentes nos treinamentos das empresas, no entanto o método tradicional com professor em sala de aula continua sendo de grande valia.
A economia é cíclica. Períodos de bonança e de crise se sucedem. Promova o conhecimento em todos os tempos dentro de sua organização, pois este é um ativo que tende à perenização.
Foto: Pixabay
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