Estratégias para driblar a crise
- João Luiz Nogueira
- 21 de fev. de 2017
- 2 min de leitura

Não existe uma fórmula mágica para driblar a crise. Como sempre, existe a necessidade de trabalho duro e a formulação e colocação em prática de estratégias específicas e refinadas para enfrentar o período de turbulência que ora vivemos no Brasil.
“Se gerenciar uma empresa em momentos favoráveis já não é fácil, imagine em tempos de crise como vivemos no Brasil.” Esta constatação da realidade brasileira fez o professor da FGV Bandeira de Mello desenvolver trabalho focado em estratégias para driblar a crise. As estratégias passam pela identificação e potencialização de competências-chave existentes nas organizações que possam ser alternativas eficientes para superar períodos difíceis.
Competências-chave são habilidades únicas e valiosas que a empresa possui em relação à concorrência. Podem ser encontradas em qualquer área da organização. Por exemplo: habilidade de distribuição, gestão de estoques, design e produção de baixo custo, gestão por resultados, etc.
Como sabemos, competências são aprendidas ao longo do tempo e incorporadas pela organização; ou podem ser adquiridas e/ou integradas. Competências estratégicas não se consolidam da noite para o dia. Levam tempo e exigem complexo processo de desenvolvimento.
Abaixo, com adaptações, uma visão geral sobre essas estratégias:
Estratégia de proteção:
- O que fazer com as competências-chave identificadas? Capitalizar.
- Quais ações implementar? Ações de proteção.
- Benefícios esperados: a) investimento em competências essenciais; b) redução de custos em habilidades secundárias; c) aumento do valor entregue.
- Riscos e desafios: a) declínio do mercado a um ponto insustentável; b) perda de janelas de oportunidades.
- Para reflexão: quais competências-chave devem ser aprimoradas? Quais competências devem sofrer redução de custo?
Estratégia de conquista:
- O que fazer com as competências-chave identificadas? Alavancar.
- Quais ações implementar? Adaptação.
- Benefícios esperados: a) Novas fontes de receita; b) Diluição dos riscos; c) reaproveitamento de competências ociosas.
- Riscos e desafios: a) introdução de complexidades e redundâncias nas operações; b) gerenciamento de diferentes posicionamentos; c) aumento do custo de desenvolvimento.
- Para reflexão: quais novos produtos ou mercados podem ser explorados com nossas competências-chave?
Estratégia de transformação:
- O que fazer com as competências-chave identificadas? Reconfigurar.
- Quais ações implementar? ações de transformação.
- Benefícios esperados: a) obtenção de vantagens ao ser o pioneiro; b) definição dos padrões de competição.
- Riscos e desafios: a) demanda por uma estrutura complexa e onerosa de inovação; b) Inovações podem não convencer o consumidor ou serem vistas de modo ilegítimo.
- Para reflexão: De que maneira redefinir a forma como os negócios são feitos no setor? Como desafiar as regras da competição em nosso mercado?
Se você identificou a necessidade de implementar as estratégias, no todo ou em parte, esteja certo de que a crise pode ser superada. Esteja certo também de que a jornada pode exigir a ajuda de consultoria administrativa para modelar a estrutura da organização e dos processos, mapear e redesenhar a estrutura organizacional e formular o planejamento estratégico. Para superar as turbulências atuais, investimentos pontuais podem ser essenciais. Pense nisso.
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